Um dos equívocos que cometemos em relação à Produtividade é confundirmos produção com ocupação. Muitas vezes passamos o dia inteirinho ocupados, da manhã à noite, mas a sensação ao final do dia é inevitável: a impressão de não termos feito nada. Isso acontece porque passamos o dia ocupados com os afazeres diversos, mas de fato, produzimos pouco. Existem algumas tarefas que possuímos no cotidiano e que embora não possam ser incluídas como tarefas produtivas no sentido mais amplo da palavra, fazem parte da nossa rotina e muitas vezes se tornam automáticas e se incorporam em nosso dia: levar o filho na escola, ir ao supermercado, lavar o carro, etc.
O problema está na série de atividades que fazemos sem perceber e que não nos leva a lugar nenhum e tampouco são atividades obrigatórias do cotidiano: redes sociais, vídeos do whatsapp, conversas desnecessárias, televisão, internet, etc. Considero produtividade, tudo que me leva em direção a um propósito maior. Algo que estabeleci como meta e que me trará benefícios caso concluído.
Se estabeleci uma meta profissional, um novo projeto ou a conclusão de um curso que me trará conhecimentos valiosos, tudo que eu produzo em direção a realização desses objetivos, portanto se torna produtivo.
Tudo que desvia meu foco e minha atenção, são ocupações. Saber identificar o que é realmente produtivo e que me levará em direção aos objetivos traçados é o primeiro passo para organizar minha agenda e estabelecer prioridades. Dessa maneira, de forma consciente, elenco as prioridades e me organizo em função delas. Isso varia de caso a caso e mesmo o que aparentemente pode ser produtivo, dependendo da meta e do objetivo,
podem perder relevância e se tornarem ocupações.
Em meu caso priorizo alguns dias da semana para o atendimento terapêutico, de maneira que concentro meus atendimentos. Em função de outros projetos e empreendimentos que atuo, não posso agendar pacientes para todos os dias, já que é fundamental dentro dos meus objetivos traçados, possuir dias livres para outras atividades, que não apenas o consultório.
A clareza do que tem que ser feito em direção a um objetivo traçado, que trará grandes benefícios em relação aos nossos valores, é o que me diz se estou certa, quando termino o dia e verifico as atividades que realizei.
Uma vez tendo traçado minhas atividades dentro desses critérios, utilizo um outro ponto de ajuste que é a organização da agenda em blocos e atividades, buscando sempre a otimização.
Já houve um tempo em que me via três vezes por semana dentro de um supermercado. À medida que fiz uma agenda com prioridade em produção, passei, por exemplo, a sistematizar a ida ao supermercado criando uma lista com autonomia para quinze dias. Como disse, concentro meus atendimentos terapêuticos em alguns dias da semana, um dia reservo para gravações de vídeos e geração de conteúdos como cursos e palestras e num outro escrevo meus artigos, assim por diante.