FORMAS DE CRIAR EMPATIA
Por Hilda Medeiros

Estabelecemos maior empatia quando estamos presentes e conectados ao momento e criamos com o outro um canal de comunicação onde se ouve, se vê e se sente o que de fato está acontecendo.
Percebemos a realidade através de filtros com os quais representamos o mundo. De acordo com as escolhas preferenciais algumas pessoas colocam mais atenção naquilo que veem. Transformam o que acontece em imagens e desse modo se relacionam com as pessoas a sua volta. Outras pessoas prestam mais atenção naquilo que ouvem, a linguagem é a base pela qual organizam o que acontece em sua volta. Tem ainda aquelas pessoas que arquivam as informações através do que sentem em relação ao que está dado nos ambientes momento a momento.
Imaginem três amigos em uma mesma viagem, em que foram aos mesmos lugares, se divertiram juntos, conheceram as mesmas pessoas. Alguns anos depois ao se lembrarem do passado e da viagem, cada um deles poderá se lembrar de eventos completamente diferentes a partir de sua própria predisposição maior de perceber a realidade. O mais observador dirá das imagens, do colorido das paisagens, da comida, das roupas dos cidadãos daquele lugar, enquanto o com maior acuidade auditiva falará das conversas que tiveram, dos dialetos e gírias locais, da música que vivia rondando os ambientes, enquanto o que percebe os acontecimentos com a sensibilidade do corpo falará das impressões sensoriais daquele tempo.
Uma pessoa apaixonada diz que ama, manda flores e quer abraçar e beijar o tempo todo. Quando apaixonados utilizamos os três canais de representação: Visual, Auditivo e o Cinestésico.
Com o tempo os amantes se acomodam em suas preferências e passam a colocar mais atenção num modo de se expressar em detrimento aos outros.